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A Fatalidade

Quando chegou a idade negra fecharam−se os Colégios Iniciáticos. Foi essa a fatalidade. Desde então, as Grandes Lojas Negras, que nasceram nas trevas arcaicas dos antigos tempos, tornaram−se de fato mais ativas. O limite da luz são as trevas. Junto a todo templo de luz existe outro de trevas e onde a luz brilha mais claro, as trevas se fazem mais espessas.

Os Colégios Iniciáticos do Egito, Grécia, Índia, China, México, Yucatan, Perú, Tróia, Roma, Cartago, Caldéia, etc., tiveram seus antípodas perigosos, suas antíteses fatais, escolas tenebrosas de magia negra, sombras fatais da luz. Essas escolas de magia negra constituem a sombra dos Colégios Iniciáticos. Ao se fecharem os ditos Colégios, essas Escolas fatais tornaram−se ativíssimas.

Não é estranho encontrar, nesses antros da Loja Negra, termos, ciências e rituais semelhantes àqueles que se usaram nos Colégios Iniciáticos. Isso causa confusão nos devotos da Senda. Por natureza o devoto é amante do “raro”, do “exótico”, do distante, do “impossível”. E quando encontra um Mago Negro deste tipo, falando dos mistérios egípcios, maias, aztecas, incas, gregos, caldeus, persas, etc., então crê ingenuamente ter apanhado Deus pelas barbas, entregando−se nas mãos do Mago Negro por acreditar ser ele branco.

Esta classe de magos das trevas abunda por toda a parte onde existirem Colégios Iniciáticos. Eles são as antíteses desses Colégios e falam como mestres, presumindo−se sempre de Iniciados dos referidos Colégios. Nunca dizem nada que possa despertar suspeitas. Mostram−se bondosos e humildes, defendem o bem e a verdade, assumem poses tremendamente místicas, etc. É claro que em semelhantes condições o devoto ingênuo e inexperiente abandona a senda do fio da navalha, entregando−se em cheio nas mãos desses lobos vestidos com peles de ovelhas. Éssa é a fatalidade.

Essas Escolas de Magia Negra existem em abundância por toda parte. Recordemos a seita dissidente dos Maias. Seus adeptos foram expulsos da Loja Branca Maia. São magos negros. A dita Escola acha−se estabelecida entre Yucatan e Guatemala, possuindo atualmente esta Escola de Magia Negra agentes ativos no México e na Guatemala. No entanto, quem se atreveria duvidar desses tenebrosos, que se dizem Príncipes Maias e Grande Sacerdotes? Tais senhores ainda falam com muita reverência de Teoti, Deus Supremo, criador e mantenedor do mundo. Extasiam−se, recordando de Bacabes, a Trindade Maia, e a Camaxtle castigador dos maus. Em tais circunstâncias é muito difícil descobrir semelhantes tenebrosos. Então, quando o devoto se entrega a eles, levam−no aos seus templos onde o iniciam. É evidente que o devoto se faz mago vegro do modo mais ingênuo. Um devoto nestas circunstâncias jamais aceitaria que se o qualificasse de mago negro. O abismo está cheio de equivocados sinceros e de gente de muito boas intenções.

Assim, não só nas margens do Nilo, como na terra sagrada dos Vedas, aparecem inúmeros tenebrosos deste tipo. Realmente, agora eles estão muito ativos, lutando para engrossar suas fileiras. Se o estudante quiser uma chave para descobrir estes personagens da sombra, nós a damos com muito gosto. Falai a estes personagens da Magia Sexual Branca, sem derramamento de sêmen. Mencionai−lhes a Castidade Científica, dizendo−lhes que tu jamais derramas seu sêmen. Éssa é a chave. Podeis estar seguros de que se o personagem suspeito é realmente Mago Negro, tratará por todos os meios de convencer−vos de que a Magia Sexual é danosa para a saúde, que é prejudicial e vos insinuará o derramamento do sêmen.

Tende cuidado, bom discípulo, com esta classe de sujeitos que vos aconselham a derramar o Vaso De Hermes. Esses são magos negros. Não vos deixais seduzir por suas doces palavras, nem por seus modos exóticos, nem por seus nomes raros. Todo o devoto que derrama o Vaso De Hermes, cai no abismo da fatalidade, inevitavelmente. Sede vigilante. Lembrai que a Senda do Matrimônio Perfeito é a Senda do Fio da Navalha. Esta Senda está cheia de perigos por dentro e por fora. Muitos são os que começam e é muito difícil achar alguém que não saia da Senda.

Vem à minha recordação o caso de um Iniciado do tempo do Conde Cagliostro. Dito estudante praticou Magia Sexual intensamente com sua esposa, adquirindo, como é natural, graus, poderes e iniciações, etc. Tudo ia muito bem, até que um dia teve a fraqueza de contar seus assuntos íntimos a um amigo ocultista. O tal amigo se escandalizou e, senhor de grande erudição, aconselhou−o a abandonar a prática da Magia Sexual sem ejaculação do sêmen. Os ensinamentos do amigo equivocado extraviaram o Iniciado. Desde então este dedicou−se a praticar Magia Sexual, derramando o Vaso de Hermes. O resultado foi desastroso. O Kundalini do Iniciado desceu até o centro magnético do cóxis. Perderam−se graus e poderes, espada e capa, túnicas e mantos sagrados. Isto foi um verdadeiro desastre. Ésta foi a fatalidade.

É bom saber que os magos negros adoram fortificar a Mente. Asseguram que só através da Mente pode o homem parecer−se com Deus. Os magos das trevas odeiam mortalmente a castidade. Milhões são os devotos da senda que abandonam o caminho do Matrimônio Perfeito para fazer−−se discípulos da Loja Negra. Acontece que os devotos do ocultismo frequentemente são atraídos pelo “raro”, pela “novidade”, pelo “misterioso” e quando encontram um mago destes “raros” imediatamente entregam−se em suas mãos como qualquer vulgar prostituta da mente. Éssa é a fatalidade.

Quem quiser nascer como Anjo Cósmico, quem quiser deveras converter−se num Anjo com poderes sobre o fogo, o ar, as águas e a terra; quem quiser converter−se num Deus, terá de fato de não deixar−se enganar por todas essas perigosas e sutis tentações.

É muito difícil achar pessoas que sejam tão firmes e constantes, a ponto de não abandonar jamais a Senda do Matrimônio Perfeito. O ser humano é demasiado débil. Éssa é a fatalidade. “Muitos são os chamados e poucos os escolhidos”. Se conseguirmos que uns poucos seres se elevem ao estado angélico, dar−nos−emos por satisfeitos.

O Amor: Único Caminho de Salvação

Os inimigos do amor chamam−se fornicários. Estes confundem o amor com o desejo. Todo mago que ensinar a ejaculação do sêmen é mago negro. Toda pessoa que derramar o licor seminal e fornicária. É impossível chegar à auto realização íntima, enquanto não se matar o desejo animal.

O Sufismo

O mais inefável do misticismo Maometano é o Sufismo Persa, o qual tem o mérito de lutar contra o materialismo e o fanatismo, assim como contra a interpretação da letra morta do Alcorão. Os Sufis interpretam o Alcorão desde o ponto de vista Esotérico, assim como nós, os Gnósticos, interpretamos o Novo Testamento.

O que mais desconcerta aos ocidentais é a estranha e misteriosa mescla de erótico com o místico na religiosidade oriental e na Mística Sufi. A Teologia Cristã considerou a carne como hostil ao Espírito, porém na Religião Mulçumana a Carne e o Espírito são duas substâncias de uma mesma energia. Substâncias essas que se devem ajudar mutuamente. Isso só entendem os que praticam Magia Sexual Positiva. No Oriente, a Religião, a Ciência, a Arte e a Filosofia são ensinadas em linguagem erótica e delicadamente sexual. “Maomé enamorou−se de Deus, dizem os místicos árabes”. “Escolhe para ti nova esposa em cada primavera do ano novo, porque o calendário do último ano não é bom” − disse um poeta e filósofo persa.

Os que estudam cuidadosamente o Cântico dos Cânticos do sábio Salomão, encontrarão essa deliciosa mescla do místico com o erótico, que tanto escandaliza aos infra−sexuais.

A verdadeira religião não pode renunciar ao erótico, porque seria sua morte. Inúmeros mitos e lendas antigas fundamentam−se no erótico. O amor e a morte constituem de fato a base de toda autêntica religião.

Os Sufis, poetas persas, escreveram sobre o amor de Deus com expressões aplicáveis às suas formosas mulheres. Isto escandaliza aos fanáticos do infra−sexo. A idéia do Sufismo é a união amorosa da Alma com Deus. Realmente, nada pode explicar melhor a união amorosa da Alma com Deus do que a união sexual deliciosa do homem com a mulher. Essa é a brilhante idéia do Sufismo. Se quisermos falar da união de Deus com a Alma, devemos fazê−lo na linguagem erótica do amor e do sexo. Só assim podemos dizer o que temos que dizer.

A linguagem simbólica dos Sufis possui expressões maravilhosas. Sonho, entre eles, significa meditação. Realmente a meditação sem sono danifica a mente. Todo verdadeiro iniciado sabe disso. Tem−se que combinar o sono com a meditação. Os Sufis têm conhecimento disso. A palavra “perfume” simboliza “esperança do favor divino”. “Beijos e abraços” significam, entre eles, “embelezamento na piedade”; “vinho: quer dizer “conhecimento espiritual”, etc.

Os poetas Sufis cantavam ao amor, às mulheres, às rosas e ao vinho, e, no entanto, muitos deles viviam vida de Ermitãos.

Os sete estados místicos descritos pelos Sufis são algo extraordinário. Existem certas substâncias químicas muito relacionadas com os estados místicos. O Óxido Nitroso e o Éter, especialmente o Éxido Nitroso, quando se dissolvem suficientemente com o ar estimulam a consciência mística em alto grau.

Forçoso é reconhecer que a humanidade atual é subconsciente. Gente dessa espécie é incapaz de conhecer as dimensões superiores do espaço.

É, portanto, urgente o despertar da consciência e isto só é possível durante o êxtase. Se analisarmos com lógica dialética o Êxtase, descobriremos então que ele é sexual. As mesmas energias sexuais, que se expressam no gozo erótico, quando se transmutam e se sublimam, despertam a Consciência e produzem então o êxtase. A fatalidade é perder o êxtase e cair novamente na subconsciência. E isso sucede quando derramamos o Vaso de Hermes.

Disse um grande Mestre: “No impulso sexual o homem coloca−se em relação mais íntima com a Natureza. A comparação da sensação da mulher experimentada pelo homem, ou vice−versa, com o sentimento da natureza encontra−se com frequência. E ela é realmente a mesma sensação que brinda o bosque, a planície, o mar, as montanhas, só que neste caso é ainda mais intenso, desperta vozes mais internas, provoca o som de cordas mais íntimas”. Assim chegamos ao êxtase.

O Êxtase, a experiência mística, tem seus princípios fundamentados na lógica dialética, lógica esta que não pode ser violada jamais. Reflitamos, por exemplo, na unidade da experiência. Este princípio existe tanto entre os Místicos do Oriente, como entre os do Ocidente; tanto entre os Hierofantes do Egito como entre os Sábios Sufis, ou entre os Magos Aztecas. Durante o éxtase, os Místicos falam na mesma linguagem universal, usam as mesmas palavras e sentem−se unidos a todo criado. As escrituras sagradas de todas as religiões demonstram os mesmos princípios. Isto é Lógica Dialética. Lógica Superior. Isto prova que os Místicos de todos os países do mundo bebem na mesma fonte da vida. As condições das causas do mundo, outro dos princípios da Lógica Dialética, demonstra com a completa concordância de dados a exatidão e a precisão, a realidade e a verdade do êxtase. Os místicos de todas as religiões do mundo concordam plenamente em suas afirmações sobre as condições das causas do mundo. A concordância e, pois, perfeita.

A unidade da vida é outro dos princípios da lógica dialética. Todo místico em êxtase percebe e sente a unidade da vida. As matemáticas do infinito e da lógica dialética nunca podem falhar. Aquele que derrama o Vaso de Hermes perde o êxtase, suas visões deixam de ser incluídas na lógica dialética; acredita−se, no entanto, super−transcendido, e por violar os princípios da lógica dialética cai na loucura do absurdo. Essa é a fatalidade.

Todo estudante gnóstico deve afastar−se do Tantrismo Negro e de todos aqueles que ensinam Magia Sexual Negra, se não quiser cair no abismo da fatalidade. Os dissidentes das antigas escolas arcaicas estão muito ativos.durante este Kali−Yuga

Os Magos Negros estão fazendo atualmente uma tremenda campanha com o propósito de impor o falso conhecimento nesta era que se inicia. Eles querem o triunfo da Loja Negra.

Infra−Sexo na Ioga

As Sete Escolas de Ioga são arcaicas e grandiosas, mas não puderam escapar aos fins tenebrosos. Atualmente existem inúmeros infra−sexuais que buscam prosélitos e fundam Escolas de Ioga. Esses indivíduos odeiam mortalmente a Senda do Matrimônio Perfeito. Aborrecem a Magia Sexual Branca. Alguns deles ensinam Tantrismo Negro: essa é a fatalidade.

A verdadeira Ioga baseia−se na Magia Sexual Branca. Ioga sem Magia Sexual é doutrina infra−sexual e, portanto, própria para infra−sexuais.

No Kama Kalpa e no Buddhismo Tântrico encontram−se os legítimos fundamentos da Ioga. O Ahamsara e o Maithuna constituem de fato as bases de uma verdadeira Ioga. Ahamsara (dissolução do Eu) e Maithuna (Magia Sexual) são a verdadeira síntese da Ioga.

Aqueles que se internaram num monastério de Buddhismo Zen sabem perfeitamente que o Maithuna e a dissolução do ego reencarnante constituem os fundamentos da Auto−Realização Íntima. É oportuno recordar o caso do Cristo Iogue Babaji, que não foi solteiro. Os que acreditam que Mataji é sua irmã carnal estão equivocados. Mataji é sua esposa sacerdotisa. Com ela auto−realizou−se intimamente.

O Budhismo Hindu, bem como o Budhismo Zen e o Budhismo Chan são tântricos. Sem Tantrismo Branco a Ioga resulta em fracasso. Essa é a fatalidade.

O Budhismo Chinês e Japonês são completamente Tântricos. Não resta a menor dúvida de que o Budhismo Chan e Zen marcham realmente pelo caminho da Auto−Realização Íntima.

A Ioga Sexual é grandiosa no Tibet secreto. Os Grandes Mestres do Tibet praticam Magia Sexual.

Um grande amigo meu assim me escreveu da Índia: “No Tantrismo Hindu e Tibetano, a Ioga Sexual Positiva (o Maithuna), pratica−se sem derramamento seminal, depois de uma preparação, na qual o casal fica sob a direção de um Guru esperto e aprende a realizar as práticas de Laya Criya juntos. Depois se realiza a sadhana tântrica na qual o esposo deve introduzir o membro viril na vagina. Esta operação se efetua depois de uma troca de carícias por parte do casal”. “O varão senta−se com as pernas cruzadas numa asana (postura) e a mulher absorve o falo. O casal permanece em união por longo tempo e sem mover−se, fazendo com que o ego e a consciência analítica não intervenham e deixando que a natureza atue sem interferências”.

“Então, sem a expectativa do orgasmo, as correntes eróticas entram em ação provocando o êxtase. Neste instante o ego se dissolve (retira−se) e transmuta−se o desejo em amor”. “Intensas correntes semelhantes às eletro−magnéticas, que produzem efeitos estáticos, percorrem os corpos e uma sensação de felicidade inefável se apossa de todo o organismo, experimentando o casal, o êxtase do amor e a comunhão cósmica”. Até aqui, o relato de meu amigo, cujo nome não menciono. Este relato é odiado pelos infra−sexuais que se acham metidos na Ioga. Estes querem trabalhar na Ioga para aumentar os fanáticos do infra−sexo. Essa é a fatalidade.

A Ioga sem Magia Sexual é como um jardim sem água, ou como um automóvel sem gasolina, ou como um corpo humano sem sangue. Essa é a fatalidade.

Magia Azteca

Nos pátios empedrados dos Aztecas, homens e mulheres permaneciam nus por muito tempo, beijando−se e acariciando−se mutuamente e praticando Magia Sexual. Quando o Iniciado cometia o crime de derramar o Vaso de Hermes era condenado então à pena de morte, por haver profanado o templo. O delinquente era decapitado. Essa é a fatalidade.

Capítulo 24 – O Egito Secreto Capítulo 26 – O Totemismo